
A epidemia de Ébola continua nos três países afectados da África Ocidental (Guiné, Libéria e Serra Leoa). A Serra Leoa continua a debater-se com a propagação desta grave infeção. Na semana passada, foram registados 337 novos casos. Embora este número seja provavelmente uma subestimação do número real de casos, o Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que este número é mais do dobro do número de casos registados na Guiné e na Libéria em conjunto.
A doença não se propaga de forma aleatória na população. Uma vez que a transmissão requer um contacto pessoal muito próximo e desprotegido com os fluidos corporais de uma pessoa doente (por exemplo, ao cuidar dela ou ao prepará-la para o enterro), a doença propaga-se sobretudo no seio de grupos familiares e de amigos próximos. Consequentemente, existem "pontos quentes" onde a doença se manifesta.
Onde estão os "pontos quentes"?
A propagação mais intensa desta doença está a ocorrer nos distritos ocidentais da Serra Leoa, embora haja ainda sinais de que a transmissão possa estar a abrandar. Outros "pontos quentes" incluem a capital, Freetown, a vizinha Port Loko e o distrito de Kono, a leste.
A situação é variável em toda a Guiné, com a persistência da transmissão do vírus em zonas da capital Conacri e arredores. Kindia, que faz fronteira com a Serra Leoa, e a zona de Dubreka registaram um aumento acentuado de casos na semana passada. Entretanto, a transmissão diminuiu em algumas zonas do sudeste, incluindo Macenta e Kerouane.
Embora o nível global da doença esteja finalmente a diminuir na Libéria, o principal "ponto quente" continua a ser o condado de Montserrado, que inclui a capital Monróvia.
A nível mundial, o número de casos de Ébola atingiu 20 206, com 7 905 mortes.
Mensagens para levar
Como será o futuro? Eis algumas das questões a considerar:
Deve evitar viajar para estes países?
Embora o risco seja baixo, é provavelmente melhor evitar viajar para qualquer um dos três países afectados neste momento (Serra Leoa, Guiné e Libéria). É difícil obter bilhetes de avião devido à resistência das companhias aéreas em voar para estes países, pelo que também é difícil obter passagem se quiser partir à pressa. Além disso, se tiver problemas de saúde pré-existentes, como doenças cardíacas, diabetes ou problemas pulmonares, ou se ficar ferido durante a visita a estes países e necessitar de cuidados médicos, poderá ter algumas dificuldades em obter cuidados de emergência devido à prioridade dada ao tratamento dos doentes com Ébola.
Graças ao Comissão Europeia DG ECHO para a utilização da sua fotografia na imagem em destaque.